Com os anos, deixei de dar grande importância a certas coisas numa relação. Ao aninhar todos os dias no sofá. Ao dormir todas as noites em conchinha. Ao desejo de ouvir dizer que sou a mulher da sua vida (mesmo sabendo que isso é coisa que só se sabe no fim da vida, mas que se lixe). Ao celebrar com jantar de gala o primeiro aniversário e nunca, pecado mortal, se esquecer dessa data porque então é que ele não me ama mesmo. Ao dar a mão quando se anda na rua. Ao gostar dos mesmos filmes. Ao dançar agarradinho 'aquela' música. Ou a que ele saiba exactamente o que vou querer pedir de sobremesa no restaurante.
Não é que ame menos, perdi foi a lista infinita de expectativas e tem-de-ser-assim-porque-isto-é-que-é-o-amor, e que me fazia maltratar e desdizer o agora para avaliar tudo o que era em função da lista de requisitos em agenda: ele hoje já me deu dez beijos, já disse três vezes o quanto é feliz comigo ou que a ex namorada é uma besta, que quer ter dez filhos comigo, ficar a meu lado até morrer e que nunca, mas nunca, teve uma queca tão boa na puta da vida?
Era amor ou um exame da escola?
O que acontece é que me tornei mais leve na viagem. Às tantas, cansei-me e esvaziei a mala. Antes, mudava de roupa, mas nada mexia. Hoje, não peço menos, mas também não peço nada. Não me contento com menos, mas tento não confundir o que é com a ilusão que temos do que deveria ser. Não é que seja menos exigente, não preciso é do outro para saber quem sou, que sou ou porque sou. Estou porque amo. Nada mais. E tudo o mais.
E é por isso que quando dizes do nada que me amas ou me dás a mão do outro lado do sofá no meio do filme ou me acordas quando chegas a casa para me me enrolares nos braços ou quando me trazes à cama o pequeno-almoço com que sonho ainda sem despertar ou me dás um abraço daqueles apertados vindos aparentemente do nada, e tudo só porque sim, só porque te apetece, sinto que não trocava esta forma de amor por nenhuma outro.
E sim, sei que sou a mulher da tua vida porque já me disseste sem eu perguntar. E eu acreditei.
Não é que ame menos, perdi foi a lista infinita de expectativas e tem-de-ser-assim-porque-isto-é-que-é-o-amor, e que me fazia maltratar e desdizer o agora para avaliar tudo o que era em função da lista de requisitos em agenda: ele hoje já me deu dez beijos, já disse três vezes o quanto é feliz comigo ou que a ex namorada é uma besta, que quer ter dez filhos comigo, ficar a meu lado até morrer e que nunca, mas nunca, teve uma queca tão boa na puta da vida?
Era amor ou um exame da escola?
O que acontece é que me tornei mais leve na viagem. Às tantas, cansei-me e esvaziei a mala. Antes, mudava de roupa, mas nada mexia. Hoje, não peço menos, mas também não peço nada. Não me contento com menos, mas tento não confundir o que é com a ilusão que temos do que deveria ser. Não é que seja menos exigente, não preciso é do outro para saber quem sou, que sou ou porque sou. Estou porque amo. Nada mais. E tudo o mais.
E é por isso que quando dizes do nada que me amas ou me dás a mão do outro lado do sofá no meio do filme ou me acordas quando chegas a casa para me me enrolares nos braços ou quando me trazes à cama o pequeno-almoço com que sonho ainda sem despertar ou me dás um abraço daqueles apertados vindos aparentemente do nada, e tudo só porque sim, só porque te apetece, sinto que não trocava esta forma de amor por nenhuma outro.
E sim, sei que sou a mulher da tua vida porque já me disseste sem eu perguntar. E eu acreditei.
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