sexta-feira, 11 de maio de 2012

O facebook é outra vez um necrotério

Pronto, morreu o desgraçado do Bernardo Sasseti e de imediato, em coisa de segundos, o Facebook made in Portugal torna-se num necrotério gigantesco em que toda a gente tem, porque tem, de prestar homenagem. O problema é que, de tanta homenagem, deixa de ser homenagem, ato sério e sentido, para se transmutar num picar de ponto facebookiano, pejado depois de comentários como "só cá estamos de passagem" (eu não, de passagem estou pela casa dos meus sogros), pelo poético "é tão curta esta viagem" (metáfora profunda e original, quem se lembraria de comparar a vida a uma viagem, hem?) ou ainda a frase "que morte demasiado estúpida", como se 'estúpida' fosse palavra que conjugasse com morte. Mas há mortes inteligentes? É que se há, pago já duas com antecedência não se dê o caso de esgotarem como o stock do Pingo Doce.

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