terça-feira, 24 de abril de 2012

Miguel Portas e o canto do cisne da democracia

O Miguel Portas morreu. É um daqueles casos em que será inútil dizer que na esfera pública o homem e o político são separáveis. Não são e ainda bem, porque há um certo tipo de política que ainda enaltece o homem. Era o caso. O Miguel era coerente com os seus ideais e íntegro e lúcido na forma como sempre os defendeu e isso é, escusado será dizer, uma raridade num mundo de oportunismo e mentira. Ao morrer na véspera do 25 de Abril, faz lembrar algo como o último canto do cisne. O do nosso país e o da democracia conquistada com cravos que perderam o cheiro. Há qualquer coisa de irónico a acreditar nas teses cristãs de que Deus leva os que mais ama - os melhores - para junto de si. Porque se esse é o caso, parece que não está mesmo nada preocupado connosco.

2 comentários:

  1. A sua morte mesmo antes desta data, deveria ser um despertar das nossas mentes e forças para o mal indesejável que o nosso país vive e viverá se continuarmos com estas políticas e com estes políticos a dirigir o nosso país. Ser ministro ou presidente da República deveria ser um estímulo, uma honra e não uma prifissão que dá logo direito a grandes ordenados e pensões vitalicias enquanto o povo morre de fome e sem casa e direitos conquistados pelos estudantes, militares e povo a 25 de abril de 1974. Este homem era grande. defendia o seu país como nunca vi nesta vida politica desde o dito 25 de abril. Mas acima disso, defendia o povo, os direitos do povo e os direitos da humanidade. Enquanto Eurodeputado mostrou-nos e mostrou a outros europeus que o nosso trabalho, seja ele qual fôr, nao se restringe ao espaço europeu. o resto dos povos devem ser tambem nossa preocupação. Morreu um Grande homem. Mas deixou um grande legado para quem o quiser seguir. que sejas feliz, onde quer que estejas. Um grande Abraço.

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