sexta-feira, 27 de abril de 2012

Mas quem é que vai à Holanda agora?


Os holandeses decidiram proibir o consumo de drogas leves em coffee shops aos estrangeiros. Sabendo disto, tenho apenas duas questões: qual é o interesse de visitar a Holanda, em particular Amesterdão, que tem um clima de merda e meia dúzia de museus, onde a comida não é grande coisa e as bebidas demasiado caras para nos podermos alcoolizar sem nos individuarmos numa noite, quando nos roubam a possibilidade de passarmos quatro dias altamente charrados ou em voos marados de cogumelos mágicos? O que me leva à segunda questão: o governo holandês está a cometer um atentado não só à própria economia do país (salvam-se as tulipas), mas também, ao património cultural do mesmo. Era como proibir os estrangeiros no nosso país de entrar em casas de fados (quando se sabe que são os únicos que o fazem) ou beber uma ginjinha nos Restauradores. Uma política assim xenófoba devia ser interdita num país da União Europeia. Mas agora, resta-me o orgulho de, a juntar ao postulado "eu fui a Cuba no tempo de Fidel", adicionar uma nova frase-chavão "eu fui a Amesterdão na altura em que se fumavam charros". Os meus filhos, infelizmente, não vão poder dizer o mesmo.

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