quinta-feira, 15 de março de 2012

O portugués não quer é trabalhar

Fala-se muito da falta de produtividade nacional e de como somos todos uns grandes calões e se o país está a ir pelo cano abaixo a culpa é dessa incapacidade crónica do povo lusitano em mexer um dedo que seja. Fala-se muito do absentismo do trabalhador português - rebaptizado em gíria politicamente correcta de 'colaborador' - e de como só pensa é em pontes e em férias e em ver gaijas boas no computador, ou jogar poker online ou, no caso do sexo feminino, passar horas a falar ao telefone com a mãe. Fala-se tanto, quando na verdade, quando isto se passa, a única questão é: onde é que andam os chefes? Afinal, se os chefes e subchefes, directores e sub-directores, administradores e sub-sub -administradores fizessem o seu trabalho em vez de estar apensar é em pontes e em férias e em ver gaijas boas no computador ou jogar poker online ou, no caso do sexo feminino, passar horas a falar ao telefone com a mãe, os seus 'colaboradores' trabalhavam. Quer dizer, digo eu, que não percebo nada destas coisas.

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