Karl Lagerfeld tem uma gata. Chama-se Choupette, tem duas empregadas, é dona de um iPad, só come em pratos Goyard e jamais em cima da mesa (ou devia dizer jamais), tem três rações diferentes à escolha, uma coleira de diamantes e jardim privado. Lagerfeld fez fortuna a criar roupa e derivados. Fala-se que o ano passado ganhou oito milhões de euros com a brincadeira. Não tenho nada contra Lagerfeld, até acho que ele sabe criar trapos engraçados, mas talvez tenha qualquer coisa contra uma sociedade em que criar trapos está tão hiper valorizada relativamente a outras funções essenciais como, por exemplo, a recolha do lixo. Acima de tudo, não compreendo é que o senhor Lagerfeld venha queixar-se dos novos impostos para ricos a serem preparados pelo presidente francês. De facto, espanta-me que ele tenha a cara de pau de falar do assunto, quando há tanta desproporcionalidade entre ele e o resto da população e, acima de tudo, quando ele pode muito bem pagá-los dado que tem mais do que suficiente para tomar banho nele. Prova disso, é a desgraçada da Choupette, que não pediu para ser gata de quem a trata não como uma gata, mas como um objecto de luxo (e isso ofende-me como defensora dos direitos dos animais).
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. post . este . e o anterior . e o anterior . ainda .
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. todos .
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. brilhantes ! .
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