É impressão minha ou a silly season, que antes ficava quietinha
e se remetia só aos dias tórridos de agosto, quando agosto era tórrido, chega
cada vez mais cedo? Não há notícias por estes dias, há não notícias, seja a não
morte da Eunice Munõz, os não golos do Cristiano mas que hão-de-ser, a não
relva do estádio onde a seleção vai jogar com a República Checa e que teve
direito a cinco minutos de reportagem na RTP, o não tempo de verão que temos
por estes dias ou a não gravidez da namorada do George Clooney. Não há notícias
ou dá muito trabalho encontrá-las, então cria-se a não notícia. Cada vez mais
cedo, se instala a época de vacuidade total. Como um vírus, ano após ano ganha
mais espaço, até que chegará o dia em que o ano se vai limitar a não factos, a não eventos, a Pipocas mais Doces a falar de
nada. Ela sim é o futuro da humanidade.
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