Quero mesmo atingir a dita maturidade como a Madonna. Não me interessa que digam que ela é viciada em exercício físico e que o que está ali, aos cinquenta e três anos, é muito trabalhinho, esforço e dedicação, e que o lado físico não interessa mesmo nada porque o interior é que tem valor e temos é de ser bonitos por dentro e todo esse blá blá blá new age. Se for para ficar assim daqui a vinte anos, venha o trabalho. Quando crescer, quero ser como a Madonna. Não quero ser uma matrona cinquentona, com pernas grossas, celulite a pingar das coxas e barriga multipneus e mais mamas descaídas e queixo duplo e papos debaixo dos olhos. Quero ter um corpo assim como a Madonna, giro e tonificado, pode vestir qualquer coisinha que me fica sempre bem e quero usar óculos escuros com borboletas em grande estilo e sair e dançar a noite toda sem complexos se me der na telha... É pá, é que envelhecer não é lá muito agradável, digam o que disserem, e como me irrita quando se tenta tornar a cena simpática, há rugas e menopausa e dores nas articulações, que treta é essa dos vinte anos não importarem, que disparate dizer que a maturidade é a única coisa que importa, portanto, olhar para ela diz-me, primeiro, que a Madonna não é hipócrita nenhuma e, por outro, dá me confiança no futuro.
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