domingo, 18 de setembro de 2011

Miss Angola, documentos falsos e a paz no mundo


É verdade: Leila Lopes, Miss Angola, 25 anos, estudante de Gestão (não são todas estudantes de alguma coisa? Enfermagem, professora primária ou gestão de empresas?) pode ter de abdicar da coroa real (bem pirosa por sinal). Ou seja, pode ter de trabalhar de facto para viver, coisa que as Miss Universo não fazem porque estão demasiado ocupadas, a sorrir e a dizer que o terrorismo é muito mau e que as crianças são o melhor do mundo, isto em biquini, com a mamoca a saltar e uma boca de broche. É um drama perder o tacho de ser a mulher mais boazona e imbecil do mundo, mas há muitas em fila de espera, todas iguais, (e a nossa tugazinha não é excepção, não me venham com conversas de luso nacionalismo). O mérito? Serem boazudas. Nem mais bem menos. O que é, na grande maioria, genético. Ou seja, elas têm o mérito de terem bons genes. E depois há outra coisa que me faz espécie: é que as manequins ainda mostram roupa. Dizem-lhes: pagamos-te porque nos vais vender um produto. As Miss de todo o mundo só têm um produto para vender: elas mesmas. Não tenho nada contra, a malta precisa de ganhar dinheiro, mas não é isso que as prostitutas fazem com uns extra pelo meio? Mostrar as pernas, o rabo, as mamas e a boca que pronuncia fellatio só de sorrir. Portanto, porque é que estas ganham mais do que as outras, que dão o duro? Leila Lopes perder a coroa e vir outra é perpetuar uma hipocrisia, que os americanos adoram e que nós papamos porque os americanos adoram e se as dançarinas do senhor do quero-cheirar-teu-bacalhau rebelam na tv porque não umas raparigas jeitosas, sem pneus e com tudo no sítio? No final, o catálogo é apenas mais requintado do que o de certas ruas de Lisboa à noite.

Sem comentários:

Enviar um comentário