quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Ver estrelas e outras cenas que tais

Hoje estive a olhar para as estrelas. Não é de forma alguma uma atividade a que dedique muito tempo. Sou mais uma pessoa de pessoas do que de paisagística.  Mas a verdade é que estavam estranhamente nítidas vistas de minha casa, o que acontece cerca de duas vezes por ano, porque esta coisa da civilização fode o nosso lado Carl Sagan.  É uma actividade que não deixa de ser interessante. Damos por nós a pensar numa série de coisas sérias,  como o sentido disto tudo, o que realmente é importante na vida e toda a merda que não tem qualquer relevância quando pensamos bem a fundo no que é essencial para nós.  Nada de mais, mas cinco minutos depois de ter iniciado esta actividade dei por mim a pensar que, pronto, o melhor era ser rica. Desta forma não tinha mesmo que me aborrecer e de dedicar o meu tempo a coisas que não dão grande colheita para o meu cesto da felicidade, como ter de ganhar dinheiro ao final do mês.  Podia viajar, ver filmes e ler livros até me empaturrar,  experimentar os restaurantes que me apetecesse, ir para spas, tirar cursos e workshops à vontade do freguês  e dedicar-me aos projectos que entendesse sem ter de me preocupar em ganhar dinheiro. Concluindo, melhor mesmo é deixar-me destas cenas voyeristas. É que em nada contribuem para a minha felicidade.

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