sábado, 15 de dezembro de 2012

Almodovar a Xanax


Com quase um ano de atraso, lá consegui ontem ver o último de Almodovar, La Piel que Habito, para apanhar uma das maiores overdoses de bocejos de sempre e compreender que mais valia ter esperado eternamente para o ver. Duas horas de suplício, ainda seguidas com atenção nos primeiros vinte minutos, atenção essa que logo a seguir teve de partilhar espaço com a mente a perguntar se aquilo que estava a ver era mesmo o que estava a ver, se aquele Banderas era mesmo uma personagem de papel que achava que ser um psicopata era fazer cara de mau durante todo o filme, se aquela mulher fazia algo mais do que mostrar as mamas e fazer boquinhas para as câmaras e se o único momento almodoviano do filme - o do Tigre em cima da boazona - tinha sido a única erupção de registo em todo o filme e, por fim, se o Almodovar estava com xanax em cima quando dirigiu e montou aquela desgraça. Queria, pelos vistos, fazer um filme sério mas ficou pela intenção...




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