domingo, 4 de novembro de 2012

Não vou é pedir factura e o país aguenta, ai aguenta



O senhor José António de Azevedo Pereira escreveu-me um email. Não conheço o senhor José António de Azevedo Pereira de parte nenhuma e sinto que é um abuso da parte do senhor escrever-me um email que não seja marketing ou a tentar vender-me alguma coisa. Pelo contrário, o senhor José António de Azevedo Pereira abusou do facto de eu ser obrigada a dar o meu email às Finanças para fazer uma série de coisas chatas como declarar o IRS, para tomar a liberdade de me informar que devo pedir factura, justificando os motivos, que, e pelo menos tenho isso a agradecer ao José António de Azevedo Pereira, me fizeram rir. Vou desde já informar publicamente o senhor José António de Azevedo Pereira que não tenho a minima intenção de pedir factura, dado que os motivos alegados são uma falácia e este país caminha para a bancarrota, com ou sem factura, Por isso, em nome da economia nacional, e para não ajudar ao encerramento de mais pequenas e nano empresas e ao despedimento de mais pessoas, não tenho qualquer vontade de seguir os conselhos tão simpaticamente dados pelo senhor José António de Azevedo Pereira. E nem com frases salazarentas - estou assumidamente a citar o Galambas - como "O seu papel é decisivo. Exigir fatura não tem custos. É um direito e um dever de todos. E todos ganhamos. Portugal e cada um de nós", me consegue tocar. Que meta Portugal no cú, porque Portugal não tem feito porra por mim.


A carta consta do seguinte:

"A partir de 1 de janeiro de 2013 será obrigatória a emissão de fatura por todas as vendas de bens e serviços mesmo quando os particulares não a exijam.


Quando é emitida fatura, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) garante o controlo e a cobrança do IVA correspondente. Se a fatura não for emitida esse controlo é impossível.

Se todos exigirmos fatura em todas as aquisições que efetuamos conseguiremos:

• Aumentar a riqueza conhecida que Portugal produz (PIB);

• Aumentar as receitas fiscais, sem pagarmos mais impostos;

• Aumentar a equidade e justiça entre todos os contribuintes portugueses;

• Diminuir o défice orçamental e criar condições para uma redução futura da carga fiscal;

• Criar melhores condições para que o nosso país possa ultrapassar com rapidez a fase díficil em que se encontra.


Quando não exigimos fatura contribuímos para:

• Aumentar a evasão fiscal e enriquecer ilicitamente aqueles que não pagam impostos;

• Diminuir a receita fiscal, que é uma riqueza de todos os portugueses;

• Prejudicar com mais impostos os contribuintes cumpridores.


O seu papel é decisivo. Exigir fatura não tem custos. É um direito e um dever de todos. E todos ganhamos. Portugal e cada um de nós.

Em breve receberá mais informação acerca dos benefícios fiscais (até € 250) que serão proporcionados a quem exige fatura.

Com os melhores cumprimentos.
O Diretor-Geral,
José António de Azevedo Pereira

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