É pá, eu até tenho a mania que percebo alguma coisa de cinema ou não fosse um vício entranhado desde que vi os Goonies e os Encontros Imediatos de Terceiro Grau e depois quase levei os meus pais à falência com o hábito, hoje pré-histórico, dos clubes de vídeo. Papo tudo, do americano ao europeu, passando por países com nomes estranhos da ex-URSS e pelas alucinações nipónicas e chinesas. O meu namorado, confesso, passa-se algumas vezes não isento de razão, quando eu insisto em suportar as duas horas de Bellflower porque, quanto muito, mesmo sem história a sério, mesmo com diálogos de merda, mesmo com o filme a resvalar por todas as encostas, há ali uns enquadramentos 'interessantes'. Mas quando, com um ano de atraso, me preparei com satisfação para ver um dos filmes mais aclamados pelos críticos, intitulado Essential Killing, não houve nada, nem o Gerry, nem A Mulher Sem Cabeça, que me desse forças para atravessar o deserto do Afeganistão com aquele desgraçado/máquina assassina. Desisti antes da personagem principal, confesso com vergonha, porque a vida dele estava muito mais complicada do que a minha, que em vez disso fui arranjar as unhas dos pés.
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