segunda-feira, 2 de julho de 2012

A angústia de uma mulher antes de abastecer a viatura

Comecei o dia com um dos actos quotidianos que mais confusão interna me gera: meter gasolina ou, em português moderno, abastecer a viatura. Chegada à bomba, o letreiro: bomba em pré-pagamento. Primeira questão: não faria mais sentido ter um letreiro a dizer 'bomba em não pré pagamento' ou 'abasteça e pague depois?' Se o letreiro informa sobre uma excepção, pagar antes em Portugal há muito que deixou de ser excepcional. Segunda grande dúvida: paga a quantia previamente, o que acontece se eu, consciente e cumpridora, desta vez não parar de abastecer?A tentação ocorre-me de todas as vezes que seguro aquela mangueira fria e metálica. Irá aquilo continuar interminavelmente? Uma vez, ultrapassou em dois centímos a quantia estabelecida e o meu coração bateu mais depressa. As mãos começaram a suar. Meti-me no carro de rajada e senti que, qual fora da lei, estava a cometer um delito quando conduzi dali para fora. Mas, e se um dia eu for mesmo maluca e encher o depósito? Será que  bomba deixa? Será que tenho de pagar por um erro técnico? E mais: será que algum dia vou ter coragem para experimentar?

1 comentário:

  1. Sem querer tirar a pica do abastecimento, o que colocar no carro é o que paga.
    Se pagou antes, a bomba irá parar no sítio certo, se paga por multibanco, a gasolineira retira da conta a quantia final.

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