quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Nós também lemos o ípsilon!

Quem geralmente é gordinha - ou gorda, pronto - e tem dentro de si a profunda convicção que nunca nenhum homem vai pegar nela a não ser o atual psicopata que namora com ela pode desenvolver a convicção que é uma intelectual - atenção, que há muitos outros motivos que podem desencadear esta patologia, mas este é um caso que me é próximo , na verdade está literalmente à minha frente, pelo que os outros não me interessam nada. Essa patologia da intelectualidade gera uma surdez na comunicação possível com a gordinha e namorada do psicopata. Dizemos 'woody allen' e pronto, não podemos dizer absolutamente mais nada porque a voz eleva-se acima das restantes, fúteis, que até podem estar a comentar o rabo do Owen Wilson, e começa uma dissertação série que visa demonstrar de forma inapelável que o conhecimento de toda a obra do realizador é leitura de cabeceira. Se dissermos 'Nirvana' segue-se uma dissertação sobre o grunge e, caso a palavra seja Freud, sobre as teorias da psicanálise. Calam-se todas as comadres, fica a lengalenga e, no meu caso, a terrível frustração de ser um coração mole incapaz de simplesmente lhe dizer: "tudo o que estás a dizer, bem, nós já sabemos porque lemos ípsilon todas as semanas". Mas pronto, calo-me sempre!

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